Um dos escrutinadores no processo eleitoral que reelegeu Osires Damaso
(DEM) presidente do Legislativo estadual, o deputado estadual Valdemar
Júnior (PSD) disse que o candidato Eli Borges (Pros) sentia-se "traído"
após a derrota por 14 votos a 10. Foram os 13 votos já conhecidos do
grupo que se intitula "independente" mais um voto da base governista
arrebanhado pela oposição.
"Eu não me sinto traído, quem se sente traído é o deputado Eli Borges,
eu não era candidato a nada, o Eli era candidato de 11 pessoas, mas
faltou sinceridade daquele que não votou com o Eli", disse Valdemar.
Contudo, defendeu a união de todos agora para ajudar o Estado a sair da
crise.
"Entendo que devemos trabalhar a governabilidade nesta Assembleia, a
eleição passou e a partir de amanhã precisamos buscar herculeamente a
governabilidade que o govenro do estado precisa para poder tomar as
medidas e reformas necessárias".
Eli Borges também lamentou o voto "traidor". "Eu entrei nessa disputa
com perspectiva de 11 votos, naturalmente um desses votos acabou não
acontecendo", criticou, embora tenha ponderado a possibilidade de um
erro na hora de votar. "Pode ser que alguém tenha votado errado, mas se
foi por outro motivo, infelizmente faz parte do jogo do Parlamento".
Maioria absoluta
Por seu turno, o presidente reeleito negou que tenha havido essa
traição, porque, em suas contas, ele tinha maioria absoluta. "Eu tratei
esta semana inteira de garantir os meus votos de forma democrática",
disse.
Indagado se poderia arriscar um palpite de quem foi este 14º voto,
brincou com a preocupação governista de tentar achar o "voto traidor".
"De minha parte eu quero é descobrir quem foi o 15º deputado que não
votou em mim".
Minutos antes da votação, Damaso disse ao CT que não
havia nenhum risco de traição por parte dos 13 membros do grupo dos
"independentes" e afirmou que a única surpresa do dia seria ser reeleito
com 15 votos
Nenhum comentário:
Postar um comentário