O deputado José Augusto Pugliesi garantiu ao blog que o deputado federal
Júnior Coimbra ainda é o presidente regional do PMDB. Pelo menos até o
dia 26. Segundo ele, a executiva nacional não fez a intervenção no
diretório do Tocantins na reunião desta quarta-feira, 18, mas apenas
notificou Coimbra do pedido de intervenção feito pelo senador Waldemir
Moka (MS).
Pugliesi, que participou da reunião em Brasília, explicou que o estatuto
do partido prevê que Coimbra tem agora oito dias para se manifestar. Só
então, a executiva nacional voltará a se reunir e aí, sim, poderá
decretar a intervenção.
CONVENÇÃO MANTIDA PARA TERÇA-FEIRA
Dessa forma, o deputado estadual garantiu que está mantida a convenção
do PMDB marcada para terça-feira, 24, pela executiva regional de
Coimbra. "O Júnior ainda será o presidente, e é preciso lembrar que quem
convoca a convenção não é o presidente, mas a executiva regional, nem a
executiva nacional tem poderes para isso", afirmou José Augusto Pugliesi.
Assim, estão mantidas também as pré-candidaturas de Coimbra a governador
e do empresário Dito Faria a senador. "Qualquer coisa que tentarem
fazer antes desse período de oito dias, vamos à Justiça", avisou o
deputado.
NÃO PODE SER PRESIDENTE
Pugliesi também disse que o senador Waldemir Moka não pode presidir o
partido no Tocantins por não ter domicílio eleitoral no Estado. "Mesmo
por indicação da executiva nacional, não existe nada disso no estatuto",
garantiu.
O deputado ainda contou que o pedido de intervenção de Moka não foi
baseado no fato de Coimbra ter voltado à presidência, nem porque o
presidente regional teria assinado documento reconhecendo que o
candidato deveria ser o ex-governador Marcelo Miranda e a senadora Kátia
Abreu. "Até porque não existe nenhum documento assinado por Júnior que
diz isso", assegurou Pugliesi.
Segundo ele, o pedido de intervenção do senador de Mato Grosso do Sul é
baseado simplesmente no fato de que a executiva nacional entende que os
candidatos do PMDB no Tocantins devem ser Marcelo a governador e Kátia
Abreu à reeleição no Senado. "Não há outro fato. Só isso. E a executiva
nacional não tem poderes para escolher os candidatos do Tocantins, nem
para dizer quem deve ser candidato. Todo cidadão filiado ao PMDB pode
ser candidato", defendeu Pugliesi.
TEM PLENA CONSCIÊNCIA DE QUE SERÁ VETADO
Ele disse que Coimbra argumentou com o presidente nacional, senador
Valdir Raupp (RO), que a candidatura de Marcelo Miranda está "sub
judice". "Aí o Raupp respondeu claramente que o Marcelo tem plena
consciência de que terá seu registro de candidatura negado, mas que
pretende recorrer judicialmente a Brasília. Não tem nenhum sentido, o
PMDB lançar uma candidatura que sabidamente está sub judice", afirmou
Pugliesi.
VAI À JUSTIÇA
O deputado disse que a executiva nacional não poderá fazer nada contra a
atual executiva regional antes do dia 26, quando vencerá o prazo para
Coimbra se manifestar. "Depois do dia 26 não se vai mais discutir
candidatura, será discutido partido, porque a candidatura vamos resolver
na terça, com a convenção, que está mantida", reforçou.
Os "Autênticos" já estão afirmando à imprensa que a convenção será
mudada para o dia 28. "Não vai mudar. Está mantida para o dia 24",
repetiu Pugliesi.
Depois do dia 26, se a executiva confirmar a intervenção, Pugliesi já
avisou que o grupo vai recorrer à Justiça. "Essa intervenção não tem o
menor sentido", avaliou.
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