Já o presidente da Câmara, Major Negreiros (PP), subiu à tribuna na
defesa do vereador Júnior Geo e disse que ele votou de acordo com o que
acredita ser correto.
Os vereadores Folha (PTN) e Júnior Geo (PSB) trocaram farpas na sessão da Câmara na manhã desta terça-feira, 26, na Capital.
O clima ficou pesado quando Folha subiu à tribuna e acusou Geo de
“jogar para a plateia” indicando que o vereador socialista havia votado
para “ganhar aplausos” dos populares que estavam na Câmara citando a
votação das Medidas Provisórias (MPs) 01, 02, 03 e 04, na noite da
última sexta-feira, 26.
No mesmo discurso Folha fez a defesa da empresa de transporte coletivo
Miracema apontando que o aumento da tarifa urbana é uma necessidade por
causa dos aumentos nos preços dos insumos. Geo foi o relator da MP 04 e
seu parecer foi contra a aprovação da medida que foi aprovada.
Folha disse não ter compreendido o voto de Geo, que é professor, contra
a aprovação da MP 04 que dava o aumento de 10% aos professores do
município.
Antes de Folha falar, Geo havia discursado e justificou sua postura em
votar contra afirmando que a MP era ilegal e não trazia o aumento que
foi prometido pela gestão passada (de 24%) e que era esperado pela
classe.
“Não me convenci da sua firmeza nas suas decisões vereador Júnior Geo. O
senhor quis ganhar aplausos. Pude observar na legislatura passada tinha
um vereador que agia assim, jogando para a plateia e as ruas não o
levaram de volta para a Câmara e aqui quero dizer o nome dele: Bismarque
do Movimento”, frisou Folha.
Irritado
Após algum tempo pedindo aparte no discurso de Folha, irritado, Geo
criticou o vereador e o acusou de não ter lido as Medidas Provisórias
que votou na semana passada.
“O senhor vereador Folha votou pela vontade do prefeito. Nem mesmo leu
as Medidas que votou. O senhor questiona o nobre vereador Bismarque, mas
ele não foi eleito pelo fato de não ter o dinheiro que o senhor teve
para a sua campanha eleitoral”, afirmou Geo.
Qualidade transporte
Júnior Geo não parou por aí, ele foi mais enfático ao apontar que Folha
foi reeleito e apoiava a gestão Raul Filho e que ele também era
responsável pelo caos no transporte público na Capital.
“O senhor mencionou sobre o descaso no transporte público, mas a má gestão
do recurso público era de vossa responsabilidade. Se está do jeito do
que está é culpa sua também, pois foi eleito para cobrar e representar o
povo. Não esqueça o motivo pelo qual o senhor foi eleito”, disse Geo.
Geo apontou ainda que Folha desconhece o regimento da casa. “E para
questionar um voto meu, vá ler o regimento dessa Casa. Leia para
entender o meu voto. Não voto aqui baseado em vontade de terceiro não’,
completou reafirmando que Folha tria votado a favor das MPs por ser para
o prefeito.
Rebatendo
Folha rebateu Júnior Geo e pediu que ele falasse a verdade. “Fale a
verdade. Não venha querer ser o santinho aqui não. Qual é a matéria que é
inconstitucional?.
Seu voto foi duvidoso, confuso, vereador Júnior Geo. Assuma o papel,
não faça isso não. Vossa excelência precisa mostrar a cara. Vossa
excelência está com duas caras, uma para a plateia e outra nas reuniões a
portas fechadas. Ou é base ou é contra”, finalizou Folha.
Defendendo
O presidente da Câmara, Major Negreiros (PP), deixou a presidência e subiu à tribuna na defesa do vereador Júnior Geo.
Negreiros disse que Geo teve uma postura democrática ao votar conforme
sua consciência e o que acreditava mesmo sendo da base aliada do
prefeito.
“Eu acho que a democracia é isso. O prefeito sabe do meu posicionamento
e nunca me cobrou voto de fidelidade. Eu voto de acordo com a minha
consciência. Acho que não devemos entrar pro lado pessoal e o ataque
pessoal pela escolha do voto”, afirmou.
Negreiros continuou o discurso tentando equilibrar a sua defesa e disse
que da base ou oposição é importante votar de acordo com o que
acredita. “Quero parabenizar o vereador Júnior Geo pela forma
democrática com que ele agiu. Jogar pra galera é muito fácil.
Não votei na medida provisória dos procuradores, pois sou presidente da
Casa. Os procuradores já ganharam em muitas matérias nesta Casa. Aqui
ninguém vai agir pelo emocional ou por pressão. A consciência é minha e
eu voto da forma que eu bem entender”, destacou.
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