O bloco dos partidos "emergentes", antes firme na oposição, mudou de
rumo. Parece que o chamado do governo foi mais atrativo. PSL já esteve
conversando com o governador Sandoval Cardoso (SD) na sexta-feira, 13,
como o blog divulgou, e o PHS fala diariamente com o Palácio Araguaia. O
presidente do PTdoB, Júnior Luiz, admitiu que "os rumos mudaram". "Foi feita uma inversão e a maioria tende a apoiar o governo", afirmou.
Contudo, ele disse que o PTdoB ainda não definiu e não está satifeito
com o andamento dos debates. "Como está, podemos lançar candidatura
própria ao governo, 30 candidatos a estadual e 10 a federal, chapa
pura", avisou.
Júnior Luiz justificou que os partidos emergentes fazem duas exigências
para apoiar um candidato a governador - e de qualquer lado. A primeira é
que possam disputar competitividade. A outra, consequência direta da
primeira, é que os emergentes possam formar uma chapa de estaduais só
entre eles.
PRESSÃO SOBRE SANDOVAL
Conforme o presidente do PTdoB, os atuais deputados estaduais
governistas estão pressionando o governador para que seja formado um
"chapão", isto é, todos os partidos da base numa só coligação para
disputar vaga na Assembleia - como já vai ocorrer na disputa para
federal. "Eles querem se proteger num 'chapão', e não é vantagem para os
emergentes. Não podemos aceitar", defendeu Júnior Luiz.
O presidente do PTdoB disse que o governador Sandoval não pode cometer o
mesmo erro do ex-governador Carlos Gaguim (PMDB) "de governar com os
deputados". "O Gaguim governou com os deputados, deu uma estrutura para
eles e focou totalmente neles", criticou.
O governo conta hoje com o apoio de 15 deputados estaduais, 7 deles de um só partido, o Solidariedade.
Os emergentes são formados por PHS, PSL, PTdoB, PPC, PSC, PTN, PRTB, PSDC e PRP.
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