Ex-governador reafirma que processo contra Siqueira era semelhante ao que foi julgado contra ele, e que o tornou inelegível
O ex-governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB) afirmou nesta tarde que
o julgamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) rejeitando o processo
de cassação contra Siqueira Campos (PSDB) e seu vice, João Oliveira
(PSD) foi “a maior decepção e sua vida”.
Ele voltou a afirmar que os juízes e desembargadores do TRE que
votaram agora contra a cassação de Siqueira são os mesmo que contaram a
ele e ao radialista Jefferson Agamenon, declarando sua inelegibilidade
por oito anos, ao julgarem um processo “igual” ao hoje julgado contra o
governador tucano.
“Eu espero que a Justiça prevaleça em
Brasília, porque estou me sentindo lesado. Aqui não tem justiça. Não
digo todos os juízes, mas a maioria”, declarou.
Segundo
Gaguim, o resultado deste julgamento foi tão decepcionante que está o
fazendo repensar sobre permanecer ou não morando no Tocantins. “Eles
estão querendo que eu mude do Tocantins. Do jeito que está, daqui a uns
dias, vão mandar me prender. Eu estou perdendo as forças. A minha sede
de lutar e ver o Tocantins livre está perdendo a força. Porque eu estou
sozinho”, disse.
Ele voltou a questionar a participação dos
juízes Mauro Ribas e João Olinto no julgamento do processo, reafirmando
que a esposa do primeiro ocupa cargo em comissão no governo; e que o segundo, é pai do secretário de Juventude, Olinto Neto.
O ex-governador criticou o parecer do juiz relator, José Ribamar
Mendes Júnior, afirmando que este teria sido mais contundente na defesa
do governador Siqueira Campos que os próprios advogados de defesa.
Segundo ele, a Justiça no Estado daria tratamento diferenciado a
Siqueira Campos. “Eu não consigo entender como é que um governo com
quatro mandatos não tem um processo julgado contra ele.
Eu, quando era governador, porque faltaram dois medicamentos no
sistema de saúde, recebi uma notificação, com o secretário de Saúde, me
mandaram um mandado de prisão”, criticou.
Ele ainda se disse ciente de que qualquer processo contra ele que chegue ao TRE será acatado, pela maioria dos membros.
Adiantou, inclusive, que em breve deve ir á julgamento na Corte uma
ação referente ao “Acelera Tocantins”, programa de governo itinerante
que realizava em sua gestão.
“Eu já sei que vou ser condenado. Porque eles querem me ver inelegível. Não me querem disputando as eleições de 2014”, atacou.
“Vou repensar a minha vida. Isso mexe com toda a minha família. Todos
estão muito chocados. Que País é esse? Que Estado é esse?”, questionou.
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