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Quintanilha responde Coimbra e avisa que 'Autênticos' se preparam para embate

O presidente que assumiu o partido por 100 dias reafirmou que Coimbra não o avisou de que iria retornar, que ele não tem interesse em solucionar crise, quebrou acordo e avisa: o embate será forte...

Leomar Quintanilha respondeu às declarações do presidente do PMDB, deputado federal Júnior Coimbra, e disse que a atitude dele “foi muito deselegante, grosseira até, reassumir a direção da legenda sem me comunicar, já que eu estava no exercício da Presidência” e disparou: “a alegação de que não me encontrou é, no mínimo, inconsistente e inaceitável”. Na oportunidade, Quintanilha aproveitou para lembrar que na sua gestão foram criados 40 novos diretórios municipais e que seu grupo se prepara para um forte embate na convenção do PMDB, que acontece no próximo dia 24.
Coimbra fez as declarações na reunião que definiu a data da convenção do partido, conforme noticiou o Portal T1 Notícias na semana passada. Ele declarou que avisou o presidente interino via email, mas Quintanilha disse que “o e-mail que [Coimbra] informou haver para mim encaminhado, até agora não chegou”.  
Para Quintanilha, o presidente descumpriu o acordo firmado sob orientação da Executiva Nacional, no qual consta que “...Qualquer ato tomado pelo Presidente em exercício, que seja considerado prejudicial a um dos grupos, será submetido à apreciação da Comissão Executiva Nacional”.  
Segundo ele, nenhum ato foi praticado durante sua gestão que prejudicasse o grupo do deputado federal Júnior Coimbra, tanto que ele não fez nenhuma reclamação à Direção Nacional do Partido. “Seu retorno foi extemporâneo, sem justificada motivação”, disse.
Quintanilha afirmou que quando Júnior Coimbra diz que, de sua parte, irá fazer o possível para que a crise interna do PMDB não volte, ele fica sem entender as razões que levaram, então, o deputado a afrontar os “Autênticos”.
“Por que razão ele decide reassumir a direção partidária e o faz abruptamente? Sem comunicar as pessoas necessárias, inclusive ao Presidente em exercício? Qual a razão para antecipar a convenção? Já estávamos desenvolvendo gestões para realização da nossa convenção no dia 30 de junho, para que tivéssemos mais tempo para discutir acordos e alianças com outras legendas. Por que a antecipação? Qual o benefício da antecipação?”, questionou.
O ex-senador ainda declarou que Coimbra não quer resolver crise alguma. Se quisesse, “por que ele não começa dando uma declaração de apoio às candidaturas de Marcelo Miranda ao governo e de Kátia Abreu ao Senado?”, questionou. Para Quintanilha, se o presidente agisse desta forma, iria fazer com que aquelas pessoas que ouviram o presidente no período em que visitou os 139 municípios do Estado, “pregando sua própria candidatura ao governo, dizendo que Marcelo estava inelegível e Kátia não passava na Convenção, possam sentir-se seguras do seu alinhamento com o Partido”.
Quintanilha afirmou que Marcelo Miranda e Kátia Abreu continuam liderando as pesquisas, com larga margem de vantagem.  

Partido na pior
O presidente que assumiu o partido por cerca de 100 dias disse que a afirmação de Coimbra de que o PMDB está na pior, com dívidas, “é leviana”.
De acordo com Quintanilha, é impossível que o partido esteja pior do que já estava e garantiu: “do ponto de vista financeiro, o partido não contraiu um real de dívida na minha gestão de cerca de 100 dias” e acusou: “as dívidas que ele diz ter encontrado, são as mesmas que ele deixou e com elas conviveu quase 1.000 dias de sua gestão”.
Quintanilha disse que recorreu à Nacional para buscar apoio financeiro e solucionar a pendência. Ele afirmou que recebeu promessa de ajuda, embora ainda não tenha sido efetivada.
“O partido não tem receita. O repasse do Fundo Partidário foi suspenso ainda na gestão do deputado Júnior Coimbra. Do ponto de vista político o partido avançou, cresceu. Criamos 40 novos diretórios municipais e realizamos 15 encontros regionais com muito sucesso”.
O ex-presidente Leomar Quintanilha avisou: “podemos nos preparar para o forte embate que nos espera. Ainda há tempo”.


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