A ex-ministra do Meio Ambiente ex-senadora e pré-candidata a presidente
da República, Marina Silva (PSB), visitou Palmas nessa quarta-feira, 8,
para palestrar sobre o tema “Sustentabilidade e Gestão – O papel do
cidadão na eficiência social”, organizado pela ONG Eco Terra. Ela
afirmou ao blog, durante recepção realizada no Palacinho, após a
palestra, que a Rede Sustentabilidade - partido fundado por ela e que é
"abrigado" pelo PSB para as eleições de 2014 - apoia a pré-candidatura
do procurador da República Mário Lúcio Avelar (PPS) ao governo do
Tocantins. "O Mário Lúcio é o candidato que vai ajudar na inovação e na
renovação política do Tocantins e do País", defendeu Marina.
Para ela, o pré-candidato do PPS realizará o debate necessário par
promover esse novo pensamento político. "Não queremos mais a velhar
política, que quer o poder pelo poder", afirmou a pré-candidata a
presidente da República na chapa de Eduardo Campos (PSB).
Marina disse que teve a oportunidade de participação da discussão sobre o
ingresso de Mário Lúcio no PSB. "Não faço parte da direção do partido",
explicou. O procurador tentou ingressar no PSB e chegou a aguardar um
chamado para conversar com a cúpula do partido, o que acabou não
ocorrendo. Diante disso, Mário Lúcio acabou se filiado ao PPS.
FRUTO DE UMA ARTICULAÇÃO POLÍTICA
A pré-candidata argumentou que não viu motivos para serem anuladas 410
mil assinaturas em prol da criação do partido pelos cartórios. “A não
criação da Rede, no meu entendimento, foi uma articulação política que
aconteceu, no processo de coletas das assinaturas. Por que uma parte dos
cartórios inviabilizaram as nossas assinaturas. Nós coletamos 910 mil
assinaturas, para chegarmos à 500 mil. Boa parte foram anuladas
injustamente”, disse.
Uma possível aproximação com o pré-candidato oposicionista Aécio Neves
(PSDB) foi rejeitada pela ex-senadora e pré-candidata à vice-presidência
em uma chapa com Eduardo Campos (PSB). “Não temos compatibilidade
programática com a candidatura do governador Aécio”, disse, argumentando
ainda que em 2010, PSDB e PT, que disputaram o segundo turno
presidencial, não aceitaram a filosofia proposta por ela. “Nós
apresentamos nossas propostas, tanto para o PT, quanto para ao PSDB, e
nenhum dos candidatos deu qualquer visibilidade para as propostas.
Marina exaltou a ajuda PSB na tentativa de criação da Rede e a ação do
pré-candidato do partido à Presidência da República Eduardo Campos. “O
PSB foi o partido que nos ajudou inclusive a coletar as assinaturas,
mesmo na época em que eu era uma potencial candidata. O governador
Eduardo Campos foi o primeiro a assinar e entrou no Supremo para evitar a
lei casuística que queria evitar nossa criação”. Marina também
enalteceu a história política de Campos. “Ele é uma pessoa que vem da
luta pela reforma agrária e pela justiça social”, terminou.
A ex-senadora apontou que quando não recebeu o registro de criação do
Rede só teria a opção de não participar do processo eleitoral de 2014 ou
ir para um dos partidos que a convidou. Marina reconheceu que o perfil
do PSB estava mais próximo do Rede. “Entendemos que o melhor seria levar
nossas propostas para o PSB, o governador Eduardo Campos, e se ele se
comprometesse com nossas propostas, nós o apoiaríamos”, afirmou.
Marina Silva ainda negou que a pretensão de governar o País seja sua
maior ambição, mas sim melhorá-lo. “Eu sempre digo que meu objetivo de
vida não é ser presidente da Republica, é que o Brasil seja melhor”. A
ex-senadora também criticou o modelo de política e defendeu que o
projeto do PSB visa governabilidade em longo prazo. “Insistimos em uma
agenda. Uma agenda que não mude por que mudou o governo. É por que no
Brasil todo mundo quer um Estado para chamar de seu. Estado não é o
partido, o partido não é o governo”, afirmou. (Com Luís Gomes/CT)
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