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Para Stalin, deputados da oposição "não estão interessados em investigar nada"

Parlamentar diz que plano de trabalho deverá ser decidido na primeira reunião da comissão, que acontecerá na terça-feira

O deputado Stalin Bucar (SD), falou ao CT nesta quarta-feira, 11 sobre o fato de os governistas terem ficado com todos os cargos da CPI do Igeprev. Ele afirmou que "quer uma CPI séria, que venha realmente a apurar os fatos", e que, para ele, "os deputados da oposição não estão interessados em investigar nada". O parlamentar também respondeu à declaração do deputado Sargento Aragão (Pros), que afirmou ao site que os governistas politizaram a comissão: "Quem queria transformar a CPI em palanque eram os deputados da oposição", rebateu Stalin.

Segundo ele, apesar de os deputados que ocupam os cargos da presidência, vice-presdência e relatoria serem de base governista - Stalin, Wanderlei Barbosa (SD) e Ricardo Ayres (PSB), respectivamente -, não existe interferência nenhuma do governo na Comissão. "O governo não tem cargo nenhum, quem tem são os membros da CPI, os deputados", afirmou ele. "O critério foi através de voto, eu tive três votos e o deputado Sargento Aragão teve dois, então, eu fui eleito o presidente da CPI", explicou. Os governistas contam com três votos na CPI e a oposição com dois - Aragão e José Roberto (PT).

Sobre os planos de trabalho, o parlamentar informou que tudo deverá ser decidido a partir da primeira reunião da Comissão, que acontecerá na terça-feira, 16, às 8 horas. "Nós vamos agora estabelecer um plano de trabalho, fazer uma coleta de informações, dos dados, para a gente ter conhecimento realmente do que é, quem é que deve ser convocado, quem é que vai ser ouvido", explicou Stalin Bucar. "É um ano complicado, porque é ano de eleição, mas nós vamos fazer um esforço concentrado para poder, no prazo, terminar essa investigação", disse ele, informando ainda que nomes do governo poderão ser convocados durante os trabalhos da CPI.

Politização
Nessa terça-feira, 10, Aragão disse que "o governo politizou a CPI". Stalin Bucar rebateu a declaração do deputado, afirmando que "quem queria transformar a CPI em palanque eram os deputados da oposição". "Eles [oposicionistas] não estão interessados, no meu ponto de vista, em investigar nada, queriam fazer palanque eleitoral, e nós não queremos fazer política numa CPI onde a investigação deve ser feita com seriedade e não com conotação política. Então, é exatamente o contrário, quem quer palanque, quem quer holofote, quem quer mídia, é a oposição, nós não precisamos disso", alegou o deputado.

Stalin afirmou ainda que é preciso fazer uma investigação séria. "Os deputados da oposição já condenaram várias pessoas, nós não temos interesse em antecipar condenação e nem absolvição, o que nós queremos é uma CPI séria, que venha realmente apurar os fatos, e não ficar especulando quem é culpado, se é A ou B ou C", garantiu. "A CPI vai entrar num nível de seriedade, enquanto a oposição quer palanque, quer discurso, é isso o que eles querem, e nós não vamos permitir que isso aconteça", avisou.

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