A senadora Kátia Abreu (PMDB) participou do programa "Poder e Política", do portal UOL,
e afirmou que sua chegada ao PMDB "desarticulou" o plano do presidente
regional do PMDB, deputado federal Júnior Coimbra, de ser candidato a
vice-governador na chapa do secretário estadual de Relações
Institucionais, Eduardo Siqueira Campos (PTB).
"[Coimbra] estava já com uma prévia combinação de candidatura de
vice-governador na chapa do filho do governador Siqueira Campos. E, com a
minha chegada isso, de certa forma, desarticulou um pouco seus planos",
afirmou Kátia.
Ela afirmou ainda que "isso já é uma coisa ultrapassada". "Nós já
conversamos a respeito, não é nada pessoal, segundo ele próprio, mas
apenas uma condição e um pleito que ele tinha e que com a minha presença
ele via alguma dificuldade de realizar", reafirmou a senadora.
Kátia afirmou também que, na falta de acordo em torno da eleição do
PMDB, marcada para sexta-feira, 11, "a executiva nacional do PMDB deve
agir firmemente pra trazer os dois grupos para selar paz e acordo no
Tocantins".
Honrada nas duas posições
Sobre o que vai disputar em 2014, Kátia disse que se sentiria "honrada"
tanto se se candidatasse ao governo quanto à reeleição no Senado. "Eu
acredito que como senadora eu tenho muito a contribuir com o Estado. No
nível de relacionamento, que hoje possuo em todo o Brasil, com a
experiência política que trago hoje. Tenho muitas responsabilidades com o
meu Estado, no desenvolvimento econômico, que coincide com a
presidência da CNA, que é a representação do agronegócio brasileiro, mas
também como governadora, eu tenho certeza que eu empenharia e não faria
feio lá com os meus eleitores. Sinceramente, eu me sentiria muito
honrada e orgulhosa em qualquer uma das duas posições."
Sobre a filiação ao PMDB, Kátia disse ao jornalista Fernando Rodrigues,
apresentador do programa, que a decisão foi "estritamente uma questão
100% local". "Houve algumas reviravoltas na política do Tocantins e todo
o grupo que faço parte achou melhor filiar ao PMDB, mesmo porque em
2006 eu me elegi senadora da República, numa coligação com o PMDB. PMDB
governador, Marcelo Miranda, e eu candidata ao Senado. Então, já
tínhamos um relacionamento. É um partido forte, principalmente de
oposição que é o que eu pretendo fazer para mudar a situação atual do
Estado no que diz respeito à governadoria."
Kátia ainda afirmou que não tinha nenhuma problema com o presidente
nacional do PSD, Gilberto Kassab. "Eu não tinha nenhum problema com o
PSD nacional, com o PSD local, muito ao contrário, o meu próprio filho,
deputado federal, a convite de Gilberto Kassab, continuou no PSD e ele
não teve como recusar, mesmo porque ele tem um nível de amizade muito
grande dentro do partido, na bancada em Brasília, e o convite do Kassab
nós não tivemos como recusar, apesar de que sempre estivemos juntos no
mesmo partido."
A senadora garantiu que ela e toda a família, nunca usaram "de
estratégias ou meios duvidosos pra deixar um filho em cada lugar, um
familiar em cada lugar, como estratégia de futuro, não". "Pra mostrar
que não há indisposição com o Kassab, com o PSD, que não há nenhum
problema, em nível nacional, e que as nossas questões foram apenas de
foro íntimo e foram questões locais, o deputado Irajá [Abreu] ficou no
PSD, inclusive a convite, como presidente do partido."
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