Advogado de Carlos Gaguim (PMDB), Júnior Coimbra (PMDB) e Eduardo do
Dertins (PPS) no Recurso Conta Expedição de Diploma (Rced) movido contra
o governador Siqueira Campos (PSDB) e seu vice, João Oliveira (PSD),
Solano Donato Damacena afirmou que, levando em conta a “celeridade da
Justiça Eleitoral", acredita que no prazo entre 30 e 60 dias o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) poderá colocar o processo em pauta para
votação.
Segundo ele, como a Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) se manifestou e
já devolveu o processo com parecer para o Tribunal, agora resta apenas a
analise da ação para conclusão da relatoria.
Segundo o advogado, no TSE, ele vai sustentar a defesa da tese de que,
em caso de cassação do diploma de Siqueira e Oliveira, o segundo
colocado, Carlos Gaguim (PMDB), deve assumir o cargo de governador.
Ele destacou que esta é a tese defendida no recurso e apontou que o
caso do Tocantins se assemelha, com “pequena diferença”, da ação que
permitiu a Roseana Sarney (PMDB) assumir o cargo de governadora no
Maranhão após a cassação do ex-governador Jackson Lago (PDT), falecido
em abril de 2011
. “Penso que temos condições de fazer com que o TSE entenda que é mais democrático que o segundo colocado assuma”, disse Donato.
Ainda segundo o advogado, a intenção é mostrar ao Tribunal que, se não
fossem os “crimes eleitorais cometidos” pelo opositor, Gaguim "teria
saído vencedor" do pleito, levando em conta a pequena diferença na
quantidade de votos entre o primeiro e o segundo colocados em 2010 no
Tocantins.
Ainda segundo Solano Donato, pretende-se mostrar também o quanto seria
“traumático” para o Estado mais uma eleição indireta em um curto período
de tempo.
As declarações do advogado foram feitas após a publicação do parecer da
PGE pela cassação do diploma de Siqueira e seu vice. O Rced foi
protocolado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-TO) dia 6 de janeiro de
2011.
Dos três autores da ação, apenas Carlos Gaguim permanece na oposição ao
governador. Os argumentos usados contra Siqueira Campos são os mesmos
utilizados no Rced que resultou na cassação do ex-governador Marcelo
Miranda (PMDB): abuso de poder político e econômico, uso indevido de
veículo de comunicação e compra de votos.
O outro lado
O CT entrou em contato com o governo do Estado para
falar sobre o parecer. Por meio de nota, o Executivo afirmou apenas que o
andamento do Recurso Conta Expedição de Diploma (Rced) “não
influenciará a continuidade das ações administrativas”.
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