Um dos projetos em pauta torna crime preconceito contra heterossexuais.
Sessão está marcada para quarta; deputado fez polêmica com declarações.
A primeira sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara presidida
pelo deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) deve discutir projetos de
lei que envolvem relações homossexuais e racismo.
Desde que foi indicado para o comando do colegiado, Feliciano tem sido
alvo de críticas de militantes de direitos humanos que questionam
declarações polêmicas que ele postou no passado em redes sociais sobre o
continente africano e gays.
O primeiro encontro da comissão sob a direção do pastor paulista ocorrerá na próxima quarta (13), às 14h.
A pauta da sessão, divulgada na noite desta segunda (11), prevê a
análise de nove itens, entre eles, proposta que sugere a convocação de
um plebiscito para consultar a população sobre a união civil de pessoas
do mesmo sexo.
De autoria do deputado André Zacharow (PMDB-PR), o projeto propõe que
os eleitores brasileiros respondam a seguinte questão: "Você é a favor
ou contra a união civil de pessoas do mesmo sexo?".
A relatora da proposta é a deputada Erika Kokay (PT-DF), parlamentar ligada a entidades que apoiam os direitos dos homoafetivos.
O projeto começou a ser apreciado pelos integrantes da comissão em
dezembro, porém, a votação foi suspensa por um pedido de vista (mais
tempo para analisar) do deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF).
A prioridade da reunião, segundo a pauta do colegiado, será o projeto
de lei do senador Paulo Paim (PT-RS) que define de forma mais objetiva
os crimes resultantes de "discriminação e preconceito de raça, cor,
etnia, religião ou origem".
Tramitando desde 2005 no Congresso Nacional, a proposta também é relatada pela deputada Erika Kokay.
Outro projeto de lei que pode vir a ser analisado pelos integrantes da
comissão nesta semana é o que criminaliza a suposta discriminação contra
"heterossexuais".
Idealizada pelo deputado líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), membro da
bancada evangélica da Câmara, a proposta determina que as medidas e
políticas públicas antidiscriminatórias se atentem para o alegado
preconceito contra heterossexuais
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