O ex-deputado federal Osvaldo Reis, membro do diretório nacional do PMDB
e da comissão interventora no diretório do Tocantins, afirmou que a
deputada federal Josi Nunes “está coberta de razão” ao pedir, por
ofício, informações sobre a nomeação de 51 comissões provisórias do
partido no Estado pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, sem que o
tema fosse discutido com a alta cúpula peemedebista regional. “A Josi
está agindo dentro do estatuto”, avaliou Osvaldo.
NEM FILIADOS ERAM
Ele disse ao blog que o estatuto do PMDB exige que os membros de
comissões provisórias tenham pelo menos um mês de filiação e os dos
diretórios, ao menos 6 meses. “Eu encontrei membros de algumas comissões
provisórias que a senadora Kátia Abreu fez que sequer são filiados ao
PMDB. Eu provo isso. Podem ter se filiado depois, mas antes não eram
filiados”, garantiu o ex-parlamentar. “Onde há fumaça, há fogo”, avisou.
UMA PESSOA MANDA EM TRÊS PARTIDOS
Para Osvaldo Reis, "uma pessoa só não pode
mandar em três partidos”. Ele faz uma referência ao fato de Katia
presidir a comissão interventora do PMDB; ter o filho, deputado federal
Irajá Abreu, à frente do PSD, e ainda trabalhar pela criação do PL. “Não
sei pedir para uma pessoa se filiar a outro partido que não seja o
PMDB”, cutucou o ex-deputado.
ERRO GRAVÍSSIMO
Ele questionou a renovação da comissão interventora, pelo diretório
nacional do PMDB, por tempo indeterminado. “Essa comissão foi formada
para que garantíssemos a candidatura do governador Marcelo Miranda, já
deveria ter sido extinta e nós já deveríamos ter outra comissão para
estruturar o partido”, disse. Segundo Osvaldo, a comissão,
estatutariamente, deveria ter funcionado por 90 dias, prorrogáveis por
outros 90 dias. “Não sei como ela conseguiu essa renovação por tempo
indeterminado, porque sou membro da executiva nacional, e a executiva
não foi convocada para discutir a questão, como seria correto. Essa
renovação por tempo indeterminado está errada, um erro gravíssimo”,
assegurou.
ATOS NÃO CONDIZEM COM O CARGO
Osvaldo Reis disse que os atos da senadora “não condizem com a magnitude
do cargo que ela ocupa”, numa referência ao Ministério da Agricultura.
“Ela queria não sei quantas secretarias, depois xingou o Buti
[secretário geral de Governo]. Não satisfeita, foi à casa do governador e
o xingou também, e agora vive falando para todo mundo que o orçamento
do Ministério é quatro vezes maior que o do Tocantins. Se é, como foi
eleita pelos tocantinenses, ela tem o dever de ajudar o Estado, não
ficar com os comportamentos que anda tendo”, criticou o ex-deputado.
Quanto ao xingamento, foi uma referência à briga homérica que resultou
no rompimento de Kátia com Marcelo, às vésperas da posse do governador, como o blog divulgou com exclusividade na época.
BRIGA PROPOSITAL
O ex-parlamentar ressaltou que Marcelo “não é um homem de briga, é um
gentleman, um conciliador e que quer unir todo o Estado neste momento
difícil”. Osvaldo lembrou que Kátia deveria considerar o fato de ter
sido eleita duas vezes senadora no grupo do governador. “Ao invés de
ficar arrumando briga com a gente de forma proposital, como está
fazendo.”
COM UM PEEMEDEBISTA DE VERDADE
Para o ex-deputado, a figura do governador Marcelo Miranda "é central no
PMDB”. “O PMDB não vai ficar com quem não é peemedebista, com que quer
negociar o partido e quer ser dono dele, mas com um peemedebista de
verdade”, avisou.
KATIA PROCUROU BRIGA
Osvaldo contou que está voltando a Brasília nessa segunda-feira, 27, e
que vai “direto ao diretório nacional do PMDB”, discutir essa situação.
“Já sofremos demais e não procuramos briga, foi ela [Kátia] quem
procurou. E quem procura acha”, disse o ex-parlamentar, ressaltando seu
total apoio ao governador Marcelo Miranda.
Fonte: CT
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