Após a publicação do Diário Oficial do Estado desta quarta-feira,11, o
deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (PTB) foi à tribuna e chamou
os parlamentares à reflexão sobre os atos publicados pelo Poder
Executivo, que suspendeu o efeito de Leis que beneficiam diversas
categorias de servidores, dentre elas, a Polícia Civil.
“O Diário Oficial traz decretos dizendo que os efeitos das Leis 2.853 e
2.851 estão suspensos até que a Justiça declare sua legalidade. Ora! São
leis aprovadas nesta Casa. Somente o Supremo Tribunal Federal poderá
dizer se são ou não constitucionais após ingresso de ADI”, afirmou o
parlamentar.
Ainda segundo o deputado, “vale o que está escrito” e considera que a
Lei está em vigência. “Esse decreto é uma peça frágil e o governador
terá trabalho para mantê-lo”, avaliou Eduardo.Eduardo Siqueira também apresentou números oficiais do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que mostraram a evolução dos números
de capacidade de investimento e os gastos com folha de pagamento desde o
ano de 1995, quando o ex-governador Siqueira Campos iniciou seu segundo
mandato à frente do Executivo até janeiro de 2011, quando Siqueira
Campos assumiu o Estado pela quarta vez.
O deputado comprovou que em 1995, Siqueira recebeu o Estado com 32% de
capacidade de investimento e entregou para Marcelo Miranda, em 2003, com
42%. No mesmo período, Siqueira encontrou o Estado com 46% de sua
Receita Corrente Líquida comprometida com a folha de pagamento. Porém,
oito anos depois entregou ao seu sucessor com um índice de 32%.
Eduardo ressaltou ainda que na época, em seu discurso de posse, Marcelo
Miranda elogiou a gestão Siqueira Campos dizendo que naquele momento
recebia o Estado em ótimas condições.
Capacidade de investimento menor
O deputado também apresentou dados referentes às gestões seguintes.
Segundo ele, o Ipea mostra que, após oito anos dos governos Miranda e
Carlos Gaguim (2003 a 2010), a capacidade de investimento do Estado caiu
de 42% para 19,38%. E neste mesmo período, a folha de pagamento saiu de
32% (Governo Siqueira) para 43% (governo Miranda) e para 46% (governo
Gaguim).
Eduardo disse ainda que, somente em 2010 (governo Gaguim), 44 leis de
concessão de benefícios para servidores foram aprovadas. “E respeitamos
todas”, afirmou.
O parlamentar também acrescentou o episódio do aumento de 25% concedido e
retirado em 2007, pelo governo Marcelo Miranda. “Esse é um episódio que
não pode ser apagado da história do Estado. O STF reconheceu o direito
dos servidores em 2008. Em 2010, Gaguim negociou e, a partir de 2011,
começamos a pagar”, declarou.
Eduardo Siqueira Campos finalizou dizendo que, ainda assim, manterá sua
postura de diálogo para que as soluções sejam encontradas através do
debate democrático e dentro da legalidade. (Com informações da Ascom do deputado)
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