O ex-governador Sandoval Cardoso (SD), que
deixou o cargo nesta quinta-feira, 1º, disse que um dos motivos para não
ter conseguido pagar a folha de dezembro antecipada foi a “enxurrada”
de decisões judiciais contra o Estado, em ações movidas pela Assembleia,
Ministério Público Estadual, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça e
Tribunal de Contas. Além das decisões, Sandoval apontou a frustração de
receitas e o fato de não poder se utilizar dos créditos e fundos do
Estado, como era feito nos meses anteriores, por estar deixando o
mandato.
Sandoval, contudo, defendeu que os salários não estão atrasados. “O
pagamento tem prazo até o quinto dia útil para ser feito, então, não
está atrasado, só não conseguimos antecipar os salários”, afirmou.
Ele disse que fez “todos os esforços” para que os salários fossem
antecipados. Conforme o governador, as previsões eram de que o governo
não conseguiria mais pagar os salários a partir de outubro. Porém,
Sandoval explicou que se utilizou dos créditos e fundos disponíveis para
o governo para honrar o compromisso.
Contudo, explicou, as frustrações de receitas, no repasse do Fundo de
Participação do Estado (FPE), as decisões judiciais em favor de outras
instituições e o fim do mandato, impediram que antecipasse os
vencimentos do funcionalismo. “Tínhamos à nossa frente duas situações:
ou demitíamos todo mundo, ou manteríamos os empregos e trabalharíamos
para pagar os salários. Por isso, nos sentimos felizes por conseguir
pagar os salários até agora”, disse.
Sandoval contou ao blog, por fim, que não paga os fornecedores desde o
dia 15, quando uma decisão do Tribunal de Justiça assim determinou, numa
ação movida pelo governador Marcelo Miranda (PMDB).
De toda forma, Sandoval garantiu que Marcelo poderá se utilizar do
crédito e fundos do Estado para pagar os servidores nos próximos dias.
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