A semana será decisiva para as eleições de 2014 no Tocantins. O Tribunal
Regional Eleitoral (TRE-TO) vai julgar os pedidos de impugnação feitos
pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e pelas coligações contra três
candidatos a governador e um candidato a vice-governador. Estão no alvo
das ações o candidato da coligação "A Experiência Faz a Mudança",
Marcelo Miranda (PMDB), e seu vice, Marcelo Lelis (PV); o candidato a
governador da coligação "Reage Tocantins", Ataídes Oliveira (Pros), e do
Psol, Joaquim Rocha, cujo caso já começou a ser analisado pela Corte
Eleitoral.
O juiz Hélio Eduardo já votou na quinta-feira, 31, pelo indeferimento da
candidatura de Joaquim Rocha . Contudo, o desembargador Marcos Villas
Boas pediu vistas e a expectativa é de que o caso volte à pauta na
sessão das 17 horas desta segunda-feira, 4.
O MPE pediu a impugnação da candidatura do candidato do Psol porque o
também ex-vereador de Palmas foi condenado pela 29ª Zona Eleitoral, da
Capital, com trânsito em julgado, por ter feito declarações falsas na
documentação apresentada para a prestação de contas de campanha, em
2009.
No caso de sua condenação, Rocha adiantou ao CT na sexta-feira, 1º, que o
Psol pode substitui-lo pela presidente da legenda, a professora
Dorineide Assunção.
INTERPRETAÇÃO EQUIVOCADA
O senador Ataídes de Oliveira, candidato a governador pela coligação
"Reage Tocantins", conforme o MPE, foi condenado pela Justiça Eleitoral
por sua empresa ter feito doações acima dos limites legais nas eleições
de 2010, para a campanha do ex-governador Siqueira Campos (PSDB).
A coligação "Reage Tocantins" já afirmou que o pedido de impugnação da
candidatura "decorre de uma intepretação equivocada da sentença
proferida pelo Juízo da 29ª Zona Eleitoral, que admitiu a existência de
doação acima do limite legal no valor de R$ 45.917,78". Segundo a
coligação, a inelegibilidade declarada pelo juiz de primeiro grau foi
afastada em definitivo.
Essa decisão, conforme o grupo, foi do juiz relator do caso, Marcelo
Albernaz, por ocasião do julgamento do recurso no TRE. A coligação
afirmou ainda que Albernaz foi acompanhado "pela unanimidade dos juízes
membros da Corte" e que "não houve a interposição de recurso por parte
do Ministério Público".
CANDIDATURAS DOS MARCELOS
Na quarta-feira, 30, o procurador regional eleitoral se manifestou pelo
inderimento das candidaturas do candidatos Marcelo Miranda e Marcelo
Lelis, a governador e a vice, respectivamente. No caso de Marcelo
Miranda, o MPE considera que ele está inelegível tanto pela condenação
no Recurso Contra Expedição de Diploma (Rced), que cassou seu mandato de
governador em 2009, quanto pela rejeição de suas contas, também de
2009, pela Assembleia Legislativa. Em suas alegações finais, Manzano
chegou a recomendar que a liminar do Tribunal de Justiça que suspendeu
os efeitos da decreto legislativo da AL "não deve ser considerada para
fins de afastar a inelegibilidade" do ex-governador.
No caso de Lelis, o MPE avaliou que ele está inelegível por causa da
condenação por abuso de poder econômico nas eleições de 2012, quando
disputou a Prefeitura de Palmas. O candidato ingressou com recurso junto
ao TRE, mas a condenação foi mantida. Agora ele aguarda julgamento dos
recursos que ainda tramitam na Corte Eleitoral. Contudo, Manzano
defendeu que essa tramitação não suspende a condição de inelegível.
SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATOS
Diante da indefinição jurídica das duas candidaturas, nos últimos dias
aumentou muito a especulação de que os candidatos da coligação "A
Experiência Faz a Mudança" poderiam ser substituídos. Nos bastidores, as
mais cotadas para a vaga de governador são a senadora Kátia Abreu
(PMDB), que tenta a reeleição ao Senado, e a ex-primeira-dama Dulce
Miranda (PMDB), candidata a deputada federal.
Porém, a possibilidade de substituição de Marcelo Miranda e Marcelo
Lelis vem sendo veementemente negada pelos principais nomes do grupo.
Inclusive, Marcelo Miranda tem dito que começará sua movimentação pelas ruas a partir desta semana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário