O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, que está em vias de assumir a
presidência regional do PR, disse ao blog que a decisão sobre os rumos
da legenda não será dele, mas partidária. "Essa dedução de que o PR já
está no palanque A ou B é prematura", garantiu Dimas.
Ele afirmou que quer fazer uma discussão no partido para que, em
conjunto, o PR decida qual é o melhor rumo para que a legenda atinja
seus objetivos eleitorais. "Temos que eleger um deputado federal, então,
qual candidatura majoritária vai nos dar condições de atingir esse
objetivo e de eleger um bom número de deputados estaduais? Essa é a
questão que vai levar o partido a decidir seu palanque em 2014",
garantiu Dimas.
O prefeito ressaltou que não é a simpatia dele "por A ou B" que vai
determinar para onde o PR vai. Dessa forma, Dimas disse que não dará
nenhuma declaração de apoio a candidato a governador enquanto não se
sentar com os pré-candidatos a deputado estadual e federal e com a
comissão provisória da legenda para discutirem o melhor caminho.
Reação anti-siqueirista
O grupo do PR que se opõe ao Palácio Araguaia tem se movimentado por
Brasília para tentar reverter a decisão do presidente nacional, senador
Alfredo Nascimento, de colocar a legenda sob o comando de Ronaldo Dimas
no Tocantins. Isso porque o prefeito é tido como da base de apoio do
governo Siqueira Campos (PSDB). A oposição ao Palácio, como o blog, já
afirmou tem atuado numa frente interna e outra externa.
Na frente interna, os anti-siqueiristas dizem que vão conversar com o
primeiro-secretário do PR nacional, senador Carlos Antônio Rodrigues
(SP), que está à frente do comando republicano, já que o presidente
Alfredo Nascimento cuida de sua pré-candidatura a governador do
Amazonas. Na externa, os adversários do Palácio Araguaia usam toda a
força política da oposição, em Brasília, para que o governo Dilma
Rousseff não permita que o PR vá para o palanque do Palácio Araguaia. À
frente desse grupo está a senadora Kátia Abreu (PMDB), que se
encontraria com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, na
quarta, 5, ou nessa quinta, 6.
Não quer briga
Dimas disse que respeita a senadora e que Kátia Abreu tem contribuído
para o seu governo na alocação de recursos de emendas. "E não quero
briga com ninguém, respeito todo mundo. Meu objetivo é o fortalecimento
do PR", garantiu o prefeito, afirmando que acompanha a movimentação que
está ocorrendo em Brasília.
Não será escada para PSDB e DEM
Uma coisa Dimas garantiu que não ocorrerá com o PR em 2014: "O partido
não cometerá o mesmo erro de servir de escada para PSDB e DEM, ou
qualquer outro, como ocorreu em 2010", avisou. Segundo o prefeito, há
quatro anos o PR fez mais de 130 mil votos, com vários candidatos fortes
a deputado federal, e PSDB e DEM, com apenas um nome de peso cada,
ficaram com as vagas - Eduardo Gomes (hoje no SDD) e Irajá Abreu (hoje
no PSD). "Para se ter ideia, o PR ficou com a primeira, segunda,
terceira e quarta suplência", disse Dimas. Ele foi o primeiro suplente,
seguido por Nilmar Ruiz (hoje no PEN), Otoniel Andrade (hoje prefeito de
Porto Nacional pelo PSDB) e Goiaciara Cruz (hoje no PSD).
Dimas disse que o PR só vai se coligar a partidos que puderem competir
numa mesma condição eleitoral. "Não serviremos mais de escada. Isso é
certo", reforçou.
Fonte: Portal CT
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