O ex-governador Marcelo Miranda (PMDB) rebateu as ofensas do deputado
estadual Stálin Bucar (SDD) disparadas contra ele na sessão dessa
quinta-feira, 17, quando a bancada governista, enfim, saiu em defesa do
governo Siqueira Campos (PSDB), depois de dois anos de total apatia. Na
sessão, Stálin disse que comparar a honestidade do governador Siqueira
Campos com a do ex-governador Marcelo Miranda "é o fim da picada" e "a
piada de maior mau gosto que pode existir". "Eu nunca desrespeitei o
deputado Stálin Bucar e acho que ele deveria me respeitar", reagiu
Marcelo.
Ele afirmou que nunca atacou a honestidade do governador Siqueira
Campos. "O atual governador tem sua história, mas eu também tenho a
minha e mereço respeito", exigiu o ex-governador.
Marcelo Miranda também rebateu a declaração de
Stálin sobre o número de processos que o ex-governador responde e o fato
de ter bens bloqueados pela Justiça. "Ora, o Stálin também tem bens
bloqueados pela Justiça, por que está falando isso de mim? E o bloqueio
dos meus bens se deve a uma perseguição que sofro por parte desse
governo", disse o ex-governador.
Em relação à ironia de Stálin sobre os oficiais de Justiça que vão à sua
porta notificá-lo sobre processos, Marcelo disse que eles são muito bem
recebidos em sua casa. "São recebidos com o respeito de que são dignos,
que merecem", afirmou.
Na sessão dessa quinta-feira, Stálin ironizou o número de processos a
que Marcelo responde: "E contra o ex-governador são manchetes e mais
manchetes, parece que virou rotina, é o Ministério Público pedindo que
se devolva R$ 300 milhões, R$ 400 milhões, uma infinidade de ações que
já até houve um comentário de que o oficial de justiça ia colocar um
barraco lá na frente da casa do ex-governador para poder intimá-lo para
se defender", disparou o deputado.
Marcelo disse que não entende o motivo de Stálin agir dessa forma.
Segundo ele, há 15 dias o deputado ligava com frequência para ser
solidário no caso da discussão das contas do ex-governador. "E o
deputado se colocava como parte de minha defesa na Assembleia, e dias
depois me ataca dessa forma. Não para entender o que aconteceu", afirmou
o ex-governador.
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