Com documento de desfiliação de Oliveira em mãos, Kátia Abreu assume
comando do PSD no Tocantins nesta segunda e dispara contra o vice: 'é um
canalha, um traidor. A vaga é do PSD e não dele'
Bastante abalada e afônica, depois de uma grave discussão que teve na
noite de ontem, domingo, 29, com o vice-governador João Oliveira , a
senadora Kátia Abreu confirmou ao Portal T1 Notícias que
dissolveu o comando do PSD no Estado e está assumindo a presidência,
numa nova comissão provisória a ser instituída nesta segunda-feira, 30,
pelo presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab.
“Fui ao apartamento do vice-governador porque ele me convidou. Fui até
ele para buscar sua assinatura, deixando o partido, o que nos permite
instituir outra comissão, sem a necessidade de intervenção”, disse a
senadora em entrevista por telefone.
Segundo Kátia Abreu, ela estava acompanhada do deputado Irajá Abreu.
“Ele nos disse que estava deixando o partido porque esta é uma exigência
do governador. O Irajá respondeu a ele que os papéis estavam
invertidos. Quem tinha o que exigir era ele, João, já que sem ele, o
governador não teria condições de lançar o filho como candidato a sua
sucessão”, conta a senadora.
Proposta indecorosa
Em resposta a Irajá, Oliveira teria dito que não poderia abrir mão de
um acordo que inclui nove meses na condição de governador do Estado.
“Ele me disse com todas as letras que esta é a chance que ele tem de
arrumar sua vida”, contou a senadora, bastante decepcionada.
“Ele me propôs ainda escandalosamente que nós montássemos uma farsa.
Que assim que ele assumisse o governo ele saberia o que fazer”, disse.
Oliveira disse ainda à senadora: “Kátia Abreu, a classe política não
gosta de você. Sabe por quê? Porque você é muito honesta, político não
gosta disto. Você tem o povo, mas não tem os políticos que são quem
sustenta o povo”, continuou.
Reação violenta
Kátia Abreu afirma que teve que ouvir calada até ter a assinatura de
desfiliação em mãos. Neste momento, começou a discussão. “Nós nos
levantamos e eu o chamei de canalha, de traidor. Disse a ele que a vaga
de vice governador não é dele, mas do PSD”, relata.
“Eu disse a ele que não sou mulher de farsas, de meias palavras. Não me
presto a isto”, reagiu a senadora diante da proposta de fazer um teatro
para enganar Siqueira até abril do ano que vem.
Neste momento Irajá Abreu teria subido o tom e chamado Oliveira de “Judas e traidor”.
Em seguida Oliveira teria, numa reação violenta, tentado agredir Irajá,
sendo impedido pelo seu filho, que chegou durante a confusão.
“O que eu disse a ele e repito é que o que o futuro reserva aos traidores, o passado já contou. Isso é tudo", finalizou.
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