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PCdoB está aberto ao diálogo com PT e PP, mas não vai ser "anexo nem moleque de recado"

Pré-candidato comunista a governador e um dos principais dirigentes do PCdoB do Tocantins, o professor universitário Élvio Quirino disse que o partido vai começar a rodar o Estado para discutir com a população o Plano de Governo da sigla visando as eleições de 2014. Sobre o fato de PP e PT já contarem com os comunistas na aliança formalizada na sexta-feira, 7, Élvio afirmou que o PCdoB está aberto ao diálogo. "Mas não seremos anexo, nem moleque de recado", avisou.

Élvio disse que o partido não tem nenhuma restrição aos pré-candidatos de PP, Roberto Pires, e PT, Nicolau Esteves. "O empresário Roberto Pires é um homem de sucesso, não é um político tradicional, nem pertence às elites atrasadas deste Estado. O Nicolau, da mesma forma. E ainda tem o Paulo Mourão, que conhecemos mais", afirmou o dirigente.

Dois episódios de desrespeito

O pré-candidato comunista lembrou que de dois episódios de tratamento desrespeitoso ao PCdoB. Em 2005, quando o comitê central negociou com o PT nacional a filiação do então senador Leomar Quintanilha, sem consultar o partido no Estado. Leomar foi candidato a governador em 2006. Em 2010, os comunistas se aliaram ao PT e lançaram a candidatura de Élvio ao Senado. PMDB e PT, ressaltou o professor, derrubaram a candidatura do partido também em Brasília. "Nem nos levaram a Brasília para conversarmos. A direção do partido ficou sabendo da decisão depois de tomada, às 2h30 da madrugada", reclamou. Élvio, que acabou como candidato a primeiro suplente de senador de Paulo Mourão na eleição de 2010.

Culpa do Comitê Central

Para Élvio, que é ainda vice-presidente metropolitano e membro da Comissão Política (grupo das oito pessoas que definem os rumos do PCdoB), o principal culpado pela crise entre comando do PCdoB do Estado com o governo Carlos Amastha (PP) é o Comitê Central dos comunistas. "O Comitê Central não conseguiu fazer o debate de unificação do partido", avaliou.

Segundo ele, o comitê marcou de vir a Palmas no dia 16 de fevereiro para acompanhar a sucessão do partido, mas informou na última hora que não viria. Nesta data, conforme o dirigente, o então presidente Davis Miranda tentou adiar a discussão sobre o projeto do PCdoB para as eleições de 2014 e "não deu conta". Então, Davis renunciou e uma nova direção estadual foi formada, presidida por Fátima Dourado.

Walter Sorrentino em Palmas nesta quinta

Na manhã de quinta-feira, 13, o secretário-geral do PCdoB, Walter Sorrentino, estará em Palmas para mediar a disputa entre prefeitura e direção nacional e metropolitana do partido. Sorrentino vai se reunir com a cúpula do Paço Municipal e depois com o partido.

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