Aragão ainda não decidiu se vai à reunião da direção estadual, marcada para esta tarde
O PPS Metropolitano, comandado pelo deputado estadual Sargento Aragão,
se reuniu na manhã desta segunda-feira, 15, para deliberar sobre a fusão
da sigla com o PMN. A fusão deve ser concretizada na próxima semana,
durante congresso do PPS nacional, em Brasília.
Segundo Aragão, candidatos a vereadores nas eleições passadas, os
vereadores eleitos, e ele, como vice-prefeito eleito (apesar de não
exercer o cargo), juntamente com a Executiva Municipal da legenda,
decidiram que se o partido, com a fusão, continuar"no mesmo rumo que
está" - na base aliada ao governo de Siqueira Campos (PSDB) -, o grupo
vai deixar a legenda.
“O sonho é que o partido siga rumos diferentes, que não fique como está,
junto com o governador Siqueira Campos. É um posicionamento do grupo.
Até porque, essa não é a primeira decisão. Fizemos uma no ano passado e
duas neste ano”, disse.
Para ele, um fator positivo da fusão entre as legendas é que “quem está
dentro, pode sair, não perde o mandato, não causa infidelidade; e quem
está fora, e quiser entrar, também está livre”. “Eu estou muito a
vontade. Os dois partidos, PMN e PPS estão fundindo, vai se criar uma
nova sigla e, a partir de quarta-feira, eles deixam de existir. Se esse
novo partido continuar com o governo, evidentemente, eu vou estar fora,
mas gostaria que não ficasse sob a tutela do governo do Estado. O
Metropolitano já deu a resposta”, frisou.
Para o parlamentar a fusão pode promover uma oxigenação." Pena que tem
um requerimento em regime de urgência tramitando na Câmara dos Deputados
que diz – e o governo pede para que o PT faça isso – que o partido que
for criado a partir da aprovação desse projeto de lei, não levará mais
nem o tempo de televisão e nem o recurso que tem”, lamentou.
Segundo Aragão, essa manobra do governo representa “mudar as regras
durante o jogo”. “O PSD foi criado e é a quarta maior bancada da Câmara
dos Deputados. É o quarto maior horário eleitoral e o quarto maior em
volume de recursos. No entanto, nenhum desses deputados foi eleito por
esse partido. Ou seja, esse pode, mas os que se pretende criar, ela
[presidente Dilma Rousseff] não quer que aconteça isso. Mudou a regra do
jogo no meio do jogo”, disse.
O deputado afirmou que ainda não sabe se participará da reunião da
direção estadual, marcada para o final desta tarde. Ele disse que
recebeu o recado sobre o convite feito pelo presidente, Eduardo do
Dertins, mas que até o momento, não decidiu se participará.
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