O ex-secretário estadual de infraestrutura do Tocantins, José Edmar Brito Miranda, em entrevista ao CT nesta sexta-feira, 15, afirmou que a origem da denúncia do Ministério Público estadual (MPE), contra ele e outras 14 pessoas - que culminou na aceitação, pela justiça, nessa quinta-feira, 14, - seria parte de “uma campanha sistemática para atingir o ex-governador Marcelo Miranda [PMDB]”.
Brito Miranda negou qualquer irregularidade no contrato firmado com a empresa Contersa Construções Terraplenagem e Saneamento para execução de serviços de terraplenagem, pavimentação asfáltica e obras de artes especiais, na rodovia TO-239, no trecho compreendido entre o entroncamento da rodovia BR-153 a Tupiratins. Ele e os outros 14 denunciados são acusados de peculato.
“Tudo foi feito dentro dos parâmetros da lei, como sempre se praticou. Isso, como já é de conhecimento do povo do Tocantins, faz parte de uma campanha sistemática dos adversários, usando o Tribunal de Contas [do Estado, TCE], de onde é a origem dessas denúncias que chegam ao Ministério Público, e agora chegou ao juiz”, afirmou. Segundo Brito Miranda, “essa denúncia, como outras, faz parte de uma campanha sistemática para atingir o ex-governador Marcelo Miranda, pelo fato de ele estar hoje na graça do povo, com a popularidade sempre crescente e com avaliação muito positiva”.
O ex-secretário afirma que “os adversários” estão incomodados por temerem uma disputa eleitoral com o ex-governador. “O objetivo é perseguir quem serviu ao governo Marcelo Miranda no sentido de combatê-lo. No sentido de persegui-lo, com receio de ter que enfrenta-lo. E vão ter que enfrentar. O Marcelo será candidato a governador”, garantiu.
Mais de uma vez, durante a entrevista, Brito Miranda enfatizou que Marcelo vai disputar as eleições de 2014. “É uma campanha sórdida, mas não encontra eco, porque o povo do Tocantins já descobriu o sentido dessa campanha. Se a preocupação é tentar evitar disputar com o Marcelo, estão enganados. Não adianta, o Marcelo será candidato a governador em 2014, porque assim Deus quer e o povo quer também”, disse.
TCE
As críticas à atuação do Tribunal de Contas do Estado também foram duras. Segundo o ex-secretário, “ao invés de se prestar a acompanhar todas as matérias e fiscalizar as ações que estão a seu cargo, o TCE se presta a dar origem a ações puramente perseguidoras para atender a interesses já muito bem conhecidos”.
“Eu lamento tudo o que está ocorrendo. Uma instituição como o TCE deveria prestar-se a cumprir sua obrigação, legal, regulamentar e estatutária. Infelizmente, está com estas distorções. Haja vista, por exemplo, a pendência de contas dos ex-governadores Marcelo e Carlos Gaguim [PMDB]que estão aí para serem aprovadas e, por perseguição clara e evidente, estão naquele jogo de ‘vai pra lá, vem pra cá’, porque querem usar isso para transformar o Marcelo num inelegível. Mas não vão conseguir, porque além de tudo, há justiça, se não aqui no Tocantins, mas há fora daqui”, alegou.
Ainda como argumento para justificar sua alegação de perseguição, Brito Miranda lembrou que também foi secretário, ao lado do governador Siqueira Campos (PSDB), durante oito anos. “Nunca recebi qualquer ofício ou notificação do Tribunal questionando qualquer conta. Depois que as circunstâncias nos transformaram em adversários, aí a carga em cima do Marcelo, em cima de mim, foi uma coisa brutal”, disse.
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