Pages

AL aprova voto de repúdio contra Amastha por decreto que limita circulação de vans; prefeito fala em "show midiático"

A Assembleia Legislativa aprovou na sessão desta quarta-feira, 12, a proposta de voto de repúdio ao prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), devido ao Decreto 1.076, que proibiu a circulação de vans no interior das quadras da Capital. O requerimento de autoria do deputado estadual Amélio Cayres (SD) obteve os votos contrários de Ricardo Ayres (PSB), Elenil da Penha (PMDB), Jorge Frederico (SD), Amália Santana (PT) e José Roberto (PT).

Ao propor o repúdio, Amélio Cayres argumentou que a alteração no sistema de transporte intermunicipal coloca em risco a segurança dos usuários que saem do interior e chegam em Palmas tarde da noite ou de madrugada, fazendo-se necessária a permissão para que as vans circulem no interior quadras. Júnior Evangelista (PRTB), tido como deputado representante da Capital na Assembleia, também foi favorável ao requerimento. “Estou repudiando o ato do gestor, pois as medidas precisam ser mais discutidas. Não tenho nada contra a gestão do prefeito”, disse.

Os parlamentares que decidiram votar contra o repúdio disseram entender a prerrogativa e a insatisfação de Amélio Cayres, mas ponderam que o prefeito abriu o diálogo para atingir o consenso. “Entendo que a conversa é o melhor caminho”, disse Elenil da Penha.

Reunião
Defensor de Palmas na Assembleia Legislativa, Ricardo Ayres (PSB) informou ao CT que se reuniu no fim da tarde de terça-feira, 11, com Carlos Amastha, representantes da administração juntamente com os deputados Luana Ribeiro (PR) e Elenil da Penha (PMDB) para buscar consenso na regulamentação do transporte intermunicipal. Devido à disponibilidade do prefeito, o pessebista criticou o requerimento. “Acredito que a nota de repúdio foi mal colocada, visto que procuramos o município, fomos bem atendidos. O objetivo é aprimorar o decreto para que as pessoas não sejam prejudicadas”, disse.

Entre as possibilidades trabalhadas na reunião, segundo o deputado Ricardo Ayres, foi a criação de quatro pontos fixos espalhados pela cidade, em que os veículos do transporte intermunicipal seriam obrigado a parar, antes de se dirigirem ao destino dos usuários. O deputado afirma que as estações são necessárias para que haja fiscalização visando evitar prática de ilícitos. A proposta ainda deve ser debatida com os empresários.

Show midiático
O prefeito Amastha classificou de "show midiático" a reação dos deputados que têm criticado o Decreto 1.076. "Sou prefeito de Palmas, não governador do Tocantins", disse o prefeito, chamando de "interferência" a ação dos parlamentares na administração da Capital. "Qual deles têm responsabilidade com a segurança de Palmas?", questionou o prefeito. 
Segundo ele, um dos principais objetivos do decreto é justamente garantir segurança à população palmense com o controle do tráfego de vans pela cidade. "Hoje transitam por Palmas sem nenhum controle", afirmou Amastha. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário