O deputado José Roberto (PT) apresentou requerimento na manhã desta
quarta-feira, 4, em que cria o bloco partidário PT/PSL. O bloco contará
com os seguintes parlamentares: do PT, José Roberto, Amália Santana e
Paulo Mourão; pelo PSL, Cleiton Cardoso. A oposição, que domina a Mesa
Diretora, defende que Cleiton não poderia compor outro bloco por ter
deixado o grupo formado por PSB, PRTB, PSDB e DEM depois de publicação
no Diário da Assembleia.José Roberto acusou o secretário da Mesa,
deputado Elenil da Penha (PMDB), um dos “independentes”, de ter se
recusado a receber o requerimento. Elenil negou e disse que apenas pediu
que o documento chegasse a ele via protocolo.
ACORDO
Oposição e situação estão tentando um acordo. A ideia proposta pelos
oposicionistas é que Cleiton seja aceito num bloco palaciano, desde que o
grupo contrário ao governo fique com a presidência e relatoria das
comissões de Constituição e Justiça e a de Finanças, Tributação,
Fiscalização e Controle. A situação ficaria com a vice-presidência
dessas comissões.
O governo ainda ficaria com a comissão de Administração, Trabalho,
Defesa do Consumidor, Transportes, Desenvolvimento Urbano e Serviço
Público; e a oposição ficaria com a vice-presidência.
As outras comissões também teriam essa lógica: quando um grupo ficar com a presidência, o outro fica com a vice.
DIRIMIR O CONFLITO
Oposicionistas, contudo, dizem que acreditam na tese de que Cleiton não
pode compor outro bloco, e apontam o artigo 20, parágrafo 8, do
Regimento Interno da AL, que diz:
“A agremiação que integrava o bloco parlamentar dissolvido, ou a que ele
se desvincular, não poderá constituir ou integrar outro na mesma sessão
legislativa”.
Segundo o grupo oposicionista, a proposta de acordo é para “dirimir o conflito” entre os dois lados.
Contudo, os palacianos avaliam que, ao proporem o acordo, os
oposicionistas demonstram que sabem que perderão se questão for
judicializada. De toda forma, pelo sim e pelo não, não descartam aceitar
a proposta.
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