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Da tribuna da Câmara, em Brasília, Eduardo Gomes diz que episódio de sexta foi "um barraco de quinta categoria"

Sem citar o nome da senadora Kátia Abreu (PMDB), o deputado federal Eduardo Gomes (SD),durante pronunciamento na Câmara dos Deputados, em Brasília, na tarde dessa segunda-feira, 12, classificou de "uma novela, um barraco de quinta categoria" o episódio envolvendo a parlamentar na visita do ex-jogador de futebol Pelé à 14ª Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins), na sexta-feira, 9. Gomes deixou registrado na Casa as duas notas de desagravo ao secretário-chefe da Casa Militar, coronel Alfrenésio Martins Feitosa, emitidas pelas Associação das Praças e Servidores Militares do Estado do Tocantins (Aspra) e Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Estado do Tocantins (AOPMETO).

"Então, é preciso o registro para que este fato não ocorra mais, já que é um fato inédito no meu Estado", defendeu o deputado.
"Feitosa (...) foi agredido, (...) sofreu diversas tentativas de humilhação, e isso como se houvesse a pretensão de atingi-lo pessoalmente", disse Gomes. Contudo, segundo ele, "isso não ocorre (...) porque o coronel Feitosa tem 28 anos de relevantes serviços prestados à Polícia Militar do Estado do Tocantins, com uma ficha absolutamente gloriosa na Corporação". "Portanto, qualquer ofensa, exagero, qualquer tipo de ilegalidade cometida contra ele está sendo transmitida por tabela a toda a família da Polícia Militar, a gloriosa Polícia Militar do Tocantins", defendeu o parlamentar.

Gomes disse que espera que esse episódio "se encerre aqui", que seja "consultado no futuro", para saber que "servidores públicos da qualidade do Coronel Feitosa precisam da população, de aplauso, de apoio". "A Polícia Militar do Estado do Tocantins precisa de reverência porque presta um excelente serviço à população", afirmou.

Confira a íntegra do discurso do deputado Eduardo Gome que trata do barraco de sexta-feira:

"Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, estou aqui para falar sobre alguns assuntos e colocar em dia a prestação de contas do nosso mandato à população tocantinense e ao povo brasileiro. E começo, Sr. Presidente, infelizmente, por um assunto que me traz a esta tribuna, falando do incidente ocorrido na cidade de Palmas neste final de semana, precisamente na grande feira agropecuária AGROTINS, que é orgulho para todo o Estado do Tocantins. É uma feira que teve um volume de comercialização e de negócios superior a 350 milhões de reais. Muito bem conduzida pelo Governo e pelas entidades de classe parceiras da AGROTINS, tivemos ali mais um evento de êxito absoluto. E eu, Sr. Presidente, nesses meus cinco mandatos, sendo 12 como Deputado Federal, passando por vários cargos não só na Mesa Diretora, mas em Presidência de Comissão, tenho certeza de que os meus pares conhecem uma característica minha que é sempre primar pelo diálogo, pela democracia, pela forma cortês de tratar os colegas. No entanto, me vejo obrigado hoje, e não mais do que pela justiça e pela verdade, a fazer um desagravo. Faço questão aqui, naquela intenção que tem os homens públicos, de registrar determinados fatos para que eles não aconteçam mais. Então, é preciso o registro para que este fato não ocorra mais, já que é um fato inédito no meu Estado.

Faço aqui, Sr. Presidente Izalci, a solicitação de transcrição absoluta e fiel das duas notas de desagravo, uma proferida pela Associação Fraterna dos Oficiais da Polícia Militar do Tocantins — AOPMETO, por meio do seu Presidente, o Tenente-Coronel Antônio Corsini de Melo Neto, e a outra, pela Associação das Praças e Servidores Militares do Estado do Tocantins — ASPRA-TO, através do seu Vice-Presidente, Marconi Rodrigues Maia.As duas notas, Sr. Presidente, fazem desagravo, evidentemente, ao nosso Chefe da Casa Militar, que foi impedido de dar acesso ao Governador em uma solenidade que ocorreu na AGROTINS. Ele, no seu ofício de dar acesso ao Governador Sandoval Cardoso, do Partido Solidariedade, o nosso partido, que recentemente assumiu de maneira definitiva o mandato de Governador... No Estado do Tocantins, nós tivemos a dupla vacância do cargo, para a disputa das eleições. Assim como ocorreu em alguns Estados, em que os Governadores renunciaram para ser candidatos ao Senado, no Tocantins o Governador Siqueira Campos renunciou ao mandato, e o Vice-Governador, João Oliveira, também renunciou ao mandato. João Oliveira foi nosso colega aqui durante 4 anos e deve retornar a esta Casa, já que renunciou à vice-governadoria para ser Deputado Federal. A Assembleia Legislativa, portanto, cumprindo a Constituição do Estado e a Constituição brasileira, elegeu o Governador Sandoval Cardoso, com ampla maioria, e é ele, hoje, que conduz os destinos do Estado.

Nessas duas notas de desagravo, Sr. Presidente, estão narrados os fatos em desagravo ao Cel. Feitosa, Alfrenésio Martins Feitosa, que foi agredido, que sofreu diversas tentativas de humilhação, e issocomo se houvesse a pretensão de atingi-lo pessoalmente.
Isso não ocorre, Sr. Presidente, porque o Cel. Feitosa tem 28 anos de relevantes serviços prestados à Polícia Militar do Estado do Tocantins, com uma ficha absolutamente gloriosa na Corporação. Portanto, qualquer ofensa, exagero, qualquer tipo de ilegalidade cometida contra ele está sendo transmitida por tabela a toda a família da Polícia Militar, a gloriosa Polícia Militar do Tocantins.

Então, seguindo a receita da civilidade e deixando de vez esse assunto registrado, para que nunca mais ocorra um episódio como esse, eu me limito a dedicar o tempo em que poderia falar da questão política, do episódio em si, uma novela, um barraco de quinta categoria, para, de maneira oficial, deixar registrado na Casa as duas notas de desagravo, que são justas, são absolutamente verídicas e são comprovadas por todos os sitese jornais do meu Estado. Espero que esse episódio se encerre aqui, que seja consultado no futuro, para saber que servidores públicos da qualidade do Coronel Feitosa precisam da população, de aplauso, de apoio. A Polícia Militar do Estado do Tocantins precisa de reverência porque presta um excelente serviço à população". 

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