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Com PP prestes a ingressar na base de Sandoval, PT se aproxima de PV e Pros, apostando que a 3ª força é viável

Parece que uma nova frente alternativa começa a se desenhar com a decisão do PP de se aliar ao governador Sandoval Cardoso (SD). O partido do deputado federal Lázaro Botelho, junto com PSL e PCdoB, era o principal aliado do PT, na chamada terceira via, numa aproximação costurada e tornada pública ainda no primeiro semestre do ano passado. Porém, os petistas estão decididos que farão oposição ao Palácio Araguaia. Aí acabou a aliança com o PP.

A decisão dos pepistas levou o PT a uma aproximação com PV e Pros, duas legendas que estão afinadas há meses. O presidente regional do PV, deputado estadual Marcelo Lelis, afirmou que a aproximação do partido com o Pros e o PT está cada vez maior. E agora as três siglas se juntaram aos autodenominados "partidos emergentes" (PHS, PPL, PRTB, PRP, PTC, PSC, PTN, PSDC e PTdoB). Todos se reuniram na noite dessa quarta-feira, 21, em Palmas.

QUATRO PRÉ-CANDIDATOS

Nesse grupo são quatro pré-candidatos a governador. O próprio Marcelo Lelis, pelo PV, o senador Ataídes Oliveira, pelo Pros, o ex-prefeito de Porto Nacional Paulo Mourão, pelo PT, e o professor Adail Carvalho, pelo PSDC. Lelis explicou que, neste momento, o objetivo é manter a unidade e, num segundo, definir data e critério de definição do candidato a governador do grupo.

ESPAÇO PARA TERCEIRA FORÇA

O deputado estadual revelou que tem conversado com lideranças do PMDB, mas disse que acredita que há espaço suficiente para uma terceira força. "Andamos o Estado todo nos últimos meses e constatamos que a maioria mais do que absoluta da população quer mudança", afirmou Lelis.

NÃO FRAGILIZA

Lelis avaliou que a possível declaração de apoio ao governador Sandoval Cardoso (SD) por pelo menos cinco grandes partidos até agora contrários ao Palácio Araguaia (PP, PRB, PR, PSB e PDT) não vai vai fragilizar a oposição. "Porque o que se ouve da população, o que se sente é que as pessoas querem mudança. O povo já tomou a decisão: quer mudança", garantiu o deputado.

Ele defendeu que os partidos definam os mais rápido possível "de que lado querem ficar".

RECURSO NO TRE

Sobre o julgamento de seu recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contra a condenação por abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio, pela 29ª Zona Eleitoral, de Palmas [pela qual foi declarado inelegível por oito anos], o deputado disse que tem "ouvido ameaças vindas da alta cúpula do Palácio". "Falam que será julgado dia tal e que será tantos votos contra e coisas do tipo. Mas sei que o TRE vai tomar uma decisão justa. Não vamos desfocar. Não queremos perder o foco em 5 de outubro", disse Lelis.

Segundo ele, apenas seu advogado José Eduardo Alckmin se pronunciará sobre o assunto. "É um dos melhores advogados do Brasil, e só ele falará", afirmou.

A decisão do juiz Marcelo Faccioni, de agosto do ano passado, se refere a duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), em conexão - uma proposta pelo prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP), e seu vice na época, Sargento Aragão (Pros), e outra pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).  

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