Levantamento da rádio CBN, feito com base em informações de procuradores
eleitorais e da ONG Transparência Brasil, coloca o ex-governador
Marcelo Miranda (PMDB) numa lista de 12 pré-candidatos que podem ter
complicações com a Lei da Ficha Limpa, em função de condenações na
Justiça.
A CBN afirma que os ex-governadores Cássio Cunha Lima (PSDB), da Paraíba, e Marcelo Miranda, do Tocantins,
já foram condenados por colegiado e estão esgotados os recursos na
esfera eleitoral, mas ainda acham que é possível o Supremo Tribunal
Federal (STF) reverter a decisão. A lista conta também com Antony
Garotinho, César Maia e Luiz Fernando Pezão, todos do Rio; o
ex-governador José Roberto Arruda, de Brasília; Vanderlan Cardoso, em
Goiás; Expedito Júnior, de Rondônia; Jackson Barreto, de Sergipe;
Luiziane Lins, do Ceará; Paulo Bauer, de Santa Catarina; e Tarso Genro,
do Rio Grande do Sul.
NÃO SE CONFUNDIR
Um dos criadores da Lei da Ficha Limpa, o juiz Marlon Reis disse à CBN
que, apesar dos anúncios de candidatura, o eleitor não pode se
confundir. "A população precisa acompanhar isso de perto. Há políticos
que sabem que são inelegíveis, mas se dizem elegíveis para manter o
grupo político com eles", explicou.
NÃO HÁ TRÂNSITO EM JULGADO
O ex-governador Marcelo Miranda disse ao blog
que não há condenação transitada em julgado contra ele. Marcelo se
referiu ao debate que está fazendo junto ao Supremo Tribunal Federal,
onde pede para assumir o mandato de senador - para o qual foi eleito em
2010 mas não tomou posse -, baseado justamente no fato de que o trânsito
em julgado foi reaberto em função de um erro na publicação do acórdão
do Recurso Contra Expedição de Diploma (Rced) que o cassou em 2009.
De toda forma, o ex-governador observou que, conforme interpretação do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sua inelegibilidade por conta da
cassação vencerá no dia 1º de outubro, data de sua eleição em 2006. Como
a eleição deste será no dia 5, Marcelo garante que tem todas as
condições de elebigilidade.
O QUE IMPEDE A PUBLICAÇÃO
Outro caso que poderia torná-lo inelegível é a rejeição de suas contas
de 2009 pela Assembleia Legislativa. Contudo, Marcelo ressaltou que essa
rejeição só leva à inelegibilidade se houver dolo. "E não é o caso.
Houve um erro da contabilidade, não houve dolo. Por isso, estou
totalmente elegível", assegurou o ex-governador.
Ele aproveitou para questionar o motivo de a Assembleia até hoje - a
rejeição ocorreu no dia 5 de setembro - não ter publicado o decreto
legislativo. "O que impede a publicação do decreto legislativo? O que
está por trás dessa demora?", questionou Marcelo.
O ex-governador ressaltou que a rejeição foi feita no Tribunal de Contas
do Estado (TCE) pelos conselheiros, apesar de os técnicos do ógão terem
recomendando a aprovação. "Foi um ato político, não técnico", garantiu.
TRANQUILO, SERENO E LUTANDO
Marcelo afirmou que, por tudo isso, está "tranquilo, sereno e lutando
todos os dias". "Essa gente tem que parar de vencer eleições no tapetão e
vir para o voto. Vamos ver quem o povo quer", desafiou.
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