O presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e
Comércio (CDEIC) da Câmara dos Deputados, deputado federal Ângelo
Agnolin (PDT-TO), abriu, na tarde desta terça-feira (04/06), o seminário
que discutiu os 22 anos da lei de cotas e do ano ibero americano de
inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.
Como parte da mesa e como relator do projeto de lei n° 112/2006, em
tramite no Senado, cujo propósito é aperfeiçoar as normas de proteção
dos direitos das pessoas com deficiência, o Senador Romero Jucá
(PMDB-RR) reconheceu a importância dos direitos garantidos às pessoas
com deficiência e assegurou que o seu relatório sobre o PL 112/2006 não
visa diminuir nenhum desses direitos, pelo contrário, visa à sua
ampliação.
Para o Senador Romero Jucá, o modelo de cotas oferecidas aos
deficientes, hoje no Brasil, não colaboram plenamente com o avanço
profissional de seus beneficiários.
“O que deve ser feito é transformar a atual Lei de cotas em uma lei
profissionalizante, que qualifique e que amplie as condições de trabalho
das pessoas que possuem algum tipo de deficiência”, sugeriu o Senador.
Jucá defendeu ainda que, para um sistema de cotas eficiente deve-se levar em consideração a visão de todos os seguimentos da sociedade.
“Nós queremos acertar nesse projeto, ampliar a participação e as cotas,
mas para isso devemos tratar todas as questões envolvidas no processo
legislativo com criatividade”, finalizou.
O deputado Agnolin evidenciou os pontos cruciais da lei em discussão e
citou um PL de sua autoria, que aguarda relatório na Comissão de
Seguridade Social e Família da Câmara (CSSF). O projeto dispõe sobre a
não suspensão do benefício da prestação continuada das pessoas com
deficiência (BPC).
A proposta de Agnolin garante às pessoas com deficiência que estão no
mercado formal de trabalho, o benefício do BPC com redução de 15% para
aqueles que percebem até um salário mínimo, com redução de 30% para
aqueles que percebem até 2 salários mínimos e redução de 50% para os que
percebem até 3 salários mínimos.
Agnolin reconheceu a complexidade das questões que envolvem as cotas
destinadas aos deficientes no mercado de trabalho e informou que esse
projeto, mesmo que aprovado, será um instrumento paliativo na busca pela
efetivação dos direitos do trabalhador que possui alguma limitação
física ou mental.
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