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Alckmin diz que PSDB tem outros bons candidatos além de Aécio

Às vésperas da convenção que elegerá o senador Aécio Neves (MG) para comandar o PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse ontem que o novo cargo não será decisivo para fortalecer a candidatura do mineiro à Presidência da República e que o partido "tem vários bons candidatos" à disputa pelo Palácio do Planalto.
Aécio assumirá amanhã a presidência nacional da legenda, em um encontro partidário em Brasília. À frente da sigla, poderá viajar o país articulando internamente sua candidatura à sucessão de Dilma Rousseff em 2014.
Após participar de um evento do governo, na manhã de ontem, Alckmin elogiou a chegada de Aécio ao comando do PSDB, mas disse não ver "razão" para que o partido já apresente seu candidato para a eleição presidencial.
Questionado sobre se o cargo de presidente fortalecia Aécio para 2014, o governador respondeu que "não". "Temos vários bons candidatos. Essa definição tem que ser no fim do ano, começo do ano que vem. Não há razão para escolher o candidato quase dois anos antes."
Em dezembro do ano passado, quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o atual presidente do PSDB, Sérgio Guerra, lançaram Aécio para 2014, Alckmin também criticou a antecipação do debate eleitoral.
A candidatura de Aécio enfrenta resistência da seção paulista do PSDB, especialmente do grupo do ex-governador José Serra, que precisou ser contemplado com cargos importantes na nova direção nacional da legenda.
Após negociação da qual também participaram Alckmin e FHC, o deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame (SP), ligado a Serra, foi escolhido para a Secretaria-Geral, o braço operacional do partido.
Ele foi escolhido por ter bom trânsito também com o grupo de Alckmin em SP.
Outro serrista, o ex-governador Alberto Goldman, continuará na primeira vice-presidência. O deputado Bruno Araújo (PE), que havia sido indicado pela bancada federal do PSDB para a Secretaria-Geral, ficará com um dos outros quatro cargos de vice na Executiva Nacional.
A composição foi definida em uma reunião realizada anteontem em Brasília, da qual participaram Aécio, Mendes Thame e Araújo, além do líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP), e do presidente do PSDB paulista, Duarte Nogueira.
Na véspera, Aécio e Alckmin já haviam tratado do tema quando o governador viajou à capital federal para uma audiência.

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