A fusão entre o PPS e o PMN aprovada em congresso realizado nessa
quarta-feira, 17, em Brasília, vai resultar na criação de uma nova
sigla, o Partido da Mobilização Democrática. No tocantins, tudo caminha
para que dois dos três deputados do PPS aproveitem a brecha em aberto
na lei da fidelidade partidária – pode haver mudança de partido em caso
de criação de uma nova legenda - para sair da legenda.O motivo é o
mesmo: insatisfação com o comportamento de Dertins frente ao governo do
Estado.
Sargento Aragão já afirmou em alto e bom som que se o novo partido se
mantiver na mesma linha, de aliado a Siqueira Campos (PSDB), vai sair.
Agora, nos bastidores, as informações são de que Manoel Queiroz também
deve deixar o PPS.
Convites para outras legendas já estão chegando. Um dos partidos que
quer o deputado é o PP. Tanto o presidente regional, Lázaro Botelho,
quanto o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, já convidaram o deputado
para ingressar nas fileiras da legenda.
Para ambos, só vantagens. O PP ganharia um representante na Casa de
Leis. Hoje, o partido não tem nenhum deputado estadual. Queiroz, por sua
vez, atenderia sua base ao formalizar o afastamento da sigla
governista.
O CT entrou em contato com o deputado, que confirmou
que recebeu os convites de Lázaro e Amastha e disse que se sentiu “muito
lisonjeado”. Porém, ainda não deu sua resposta.
Ele afirmou que pediu um prazo de dez a 15 dias para conversar com sua
base - ouvir prefeitos, vereadores e lideranças que o acompanham - para
saber o que pensam. Nos bastidores, as informações são de que o deputado
estariam enfrentando alguns desafios em explicar para a base a postura
de governista da direção do PPS.
Na entrevista, ele disse que não tem nada pessoal contra o governador
Siqueira Campos, mas que, administrativamente, não vê motivos para
apoiá-lo.
“Só vejo uma sucessão de erros. É troca constante de secretários,
mudanças em secretarias, medidas provisórias sendo republicadas o tempo
todo, contratação de cabos eleitorais. O governo nunca cumpriu uma
proposta do seu plano de governo. Eu quero me aliar a um governo que
tenha compromisso com o povo. Este governo está perdido em tudo. Se for
para deixar o PPS, vai ser para um partido de oposição ao governo”,
frisou.
Uma coisa ele já adiantou: “Eu perguntei ao presidente se o PP está
aliado ao governo e ele me disse que não. Confirmou que não tem projeto
algum de se aliar. Então isso chamou a minha atenção”, contou.
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