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Com "janela" aprovada pelo Congresso, pelo menos 5 deputados estaduais devem mudar de partido

A abertura da janela para a troca de partido foi um dos principais assuntos de bastidores nesta quinta-feira, 3, na Assembleia Legislativa. Aprovada pelo plenário do Senado na noite desta quarta-feira, 2, a proposta vai permitir que deputados (estaduais e federais) e vereadores troquem de partido 13 meses antes da data das eleições – isto é, um mês antes do período de filiação exigido para um político se candidatar – sem perder o mandato.

A janela já havia sido aprovada na Câmara dos Deputados em junho deste ano, mas como o texto sofreu alteração no Senado volta à Câmara; se aprovada, a matéria vai para sanção ou veto da presidente Dilma Rousseff . A preocupação daqueles que querem trocar de legenda é o prazo, que se encerra no dia 2 de outubro, ou seja, a matéria terá que tramitar rapidamente na Câmara, já que depois de discutida e aprovada a chefe do Executivo tem até 15 dias para vetá-la ou sancioná-la.

Supondo que a janela seja aberta definitivamente nos próximos dias, será grande a movimentação de partidos, na busca por parlamentares, e mandatários para trocar de sigla, sem correr o risco de perder o mandato por infidelidade partidária. Na Assembleia Legislativa pelo menos cinco deputados podem mudar de sigla: Eduardo Siqueira Campos (PTB), Valdemar Junior (PSD), Luana Ribeiro (PR), Osires Damaso (DEM) e Junior Evangelista (PRTB).

Ao referir-se à “bancada do presidente” da Assembleia Legislativa, Osires Damaso, nesta quarta-feira, 2, o deputado José Bonifácio (PR) disse que ela torna o democrata mais forte do o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “O motivo é simples: o Osires não tem a [Operação] Lava-Jato na cola dele”, explicou Bonifácio.

Apesar do tom de brincadeira, a fala de Bonifácio quanto à força da “bancada do presidente” é voz corrente nos bastidores da Assembleia Legislativa. Como dissemos nessa quarta-feira aqui no blog, dizem que tal “bancada” tem pelo menos dez deputados, e poder convencer no mínimo outros cinco. Número suficiente para vencer qualquer votação na Casa.

Fonte: Cleber Toledo

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