Mesmo que ainda esteja na presidência do Conselho de Administração da
Companhia de Mineração do Tocantins (Mineratins), o ex-secretário
estadual de Relações Institucionais Eduardo Siqueira Campos (PTB) não
estaria inelegível. Isso porque o prazo de desincompatibilização, no
caso de presidentes de conselho de administração de empresas públicas, é
de três meses antes da eleição. Isto é, Eduardo teria até 5 de julho
para deixar o cargo. O entendimento é do procurador regional eleitoral,
Álvaro Manzano.
A polêmica surgiu depois que o Diário Oficial do Estado de sexta-feira,
2, trouxe um aviso de convocação de assembleia geral ordinária da
Mineratins, feita por Eduardo. A convocação é para eleição do conselho
de administração e dos membros do conselho fiscal, entre outros
assuntos. O documento tem data de 22 de abril.
A partir daí, começou a especulação de que esta publicação comprovaria
que o ex-secretário não teria se desincompatibilizado e, portanto,
estaria inelegível. "Por isso, ele não está inelelgível, há tempo hábil
para que se desincompitibilize", assegurou o procurador Álvaro Manzano.
Ele explicou que, para presidentes de federações, como no caso do
empresário Roberto Pires (PP), presidente da Federação das Indústrias do
Estado (Fieto); e da senadora Kátia Abreu (PMDB), presidente da
Federação do Tocantins e da Confederação Nacional da Agricultura (Faet e
CNA), o prazo de desincompatibilização é de quatro meses, ou seja, até 5
de junho.
SE AFASTOU DE TODOS OS CARGOS
A Agência Tocantinense de Notícias (ATN) afirmou que, ao deixar a
Secretaria de Relações Institucionais, no dia 31 de dezembro, Eduardo
"se afastou de todos os cargos e funções que ocupava na administração
pública estadual”.
Segundo a ATN, houve “um erro de comunicação entre a Mineratins e a Casa
Civil" na publicação do Diário Oficial de sexta-feira e "a inserção do
nome do ex-secretário aconteceu porque a Casa Civil considerava o cargo
vago”.
Ainda de acordo com a ATN, “após sua saída da administração pública", o
ex-secretário "não assinou nenhum ato do conselho do qual fez parte".
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