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Derval de Paiva diz que base está “saturada”, que cúpula está “exagerando” e que nova direção do PMDB deve ser debatida “com lealdade”

Segundo ele, proposta de ouvir os filiados da legenda conta com a simpatia do presidente nacional, Michel Temer

Peemedebista histórico e, como ele próprio se descreve, “eterno conciliador”, Derval de Paiva foi categórico nesta terça-feira, 28, ao afirmar, em entrevista ao CT, que os integrantes do partido,  - a base do PMDB no Tocantins -, está “saturada”, “cansada” da briga interna que se instalou na legenda. Para Paiva, “a cúpula” peemedebista “já está exagerando” em não ouvir a base para resolver os conflitos.

Para descrever o seu sentimento e o daqueles integrantes do partido que não compõem a direção peemedebista, ele recorreu a um trecho da música Cálice, de autoria de Chico Buarque e Gilberto Gil, declamando: “De muito gorda a porca já não anda/ De muito usada a faca já não corta / Como é difícil, pai, abrir a porta / Essa palavra presa na garganta”.

E em seguida, argumentou: “Não adianta a cúpula ficar fazendo conciliações à revelia da base. A base já saturou". Ele aproveitou ainda para defender que a política não pode ficar “somente  dentro dos parlamentos”, sendo necessário que chegue onde a base está.

Para Paiva, a cúpula não está conseguindo enxergar que esta base quer ser ouvida neste processo e propõe, para que isto ocorra, que a convenção peemedebista deve ser adiada para que os membros do PMDB em todos os municípios possam ser ouvidos sobre a nova direção da sigla. “Proponho que a convenção seja adiada e se discuta com lealdade e companheirismo”, frisou.

Esta proposta, segundo Derval de Paiva, conta, inclusive, com a simpatia do presidente do PMDB nacional, Michel Temer. Paiva afirmou que fez chegar até Temer sua tese e que teve informação de que ele “gostou muito”.

Ainda segundo Derval de Paiva, Michel Temer teria manifestado desejo de vir ao Tocantins, mas que estaria descontente em visitar o Estado num contexto de conflito na legenda.
O presidente nacional, conforme o peemedebista tocantinense, defende conciliação, a partir da comunicação com a base, para que se chegue a um consenso.

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