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Delegado à convenção do PMDB, ex-prefeito César Dias avisa: "Se não sirvo para escolher candidatos, também não sirvo para votar"

O ex-prefeito de Darcionópolis e delegado à convenção do PMDB César Dias se disse "extremamente decepcionado" com a decisão da executiva nacional de tirar os poderes da base do partido e passar a escolha dos candidatos da legenda para os cinco interventores definidos em reunião nesta quarta-feira, 18. "Vejo isso com pesar. Quero saber como vão ganhar eleição sem o povo, pois, se não sirvo para escolher o candidato, também não sirvo para pedir voto e para votar. Vou cuidar da minha vida. E acho que a maioria dos companheiros peemedebistas tomará a mesma decisão", avisou César.

Ele foi candidato a prefeito de Darcinópolis novamente nas últimas eleições e perdeu por apenas 80 votos. "Estou trabalhando há anos no PMDB porque o partido sempre prezou pela democracia, e essa decisão [de deixar a escolha dos candidatos para cinco interventores] é antidemocrática, vai contra todas as diretrizes do PMDB", defendeu o ex-prefeito e delegado.

NÃO TEM CULPA

Para ele, as candidaturas do PMDB "tem de vir de suas origens, o povo". "Mostra que as pessoas que estão envolvidas nessa decisão não são democráticas. Sou amigo do [ex-governador] Marcelo Miranda e sempre votei nele, mas ele precisa entender que nós não temos culpa se ele tem problemas na Justiça", ponderou.

César criticou a senadora Kátia Abreu, que é também uma das interventoras do PMDB do Tocantins. "A Kátia Abreu veio para o PMDB para criar problemas, inclusive, é por isso que ela nunca se firmou em nenhum partido por onde passou", disse o ex-prefeito.

De toda forma, ele avaliou que essa decisão da nacional foi "orientada por alguém". "Quem está por trás dela não é democrático e não conhece o Tocantins", opinou.

DESMERECENDO A LIDERANÇA DO TOCANTINS

O ex-prefeito afirmou que a indicação do senador de Mato Grosso do Sul Waldemir Moka como presidente-interventor do PMDB do Estado está "desmerecendo os companheiros peemedebistas do Tocantins". "Temos líderes capacitados no Estado para assumir o partido, por que colocar alguém que nem conhece o Estado?", questionou César. "Isso é falta de respeito e de ética."

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