Os partidos emergentes devem definir se caminham com o governo ou
oposição no dia 30, data em que estão marcadas as convenções do grupo,
porém, adiantam que não vão aceitar "chapão" - que colocaria todos os
candidatos a deputado estadual numa só coligação - em nenhuma das
situações. Os governistas tentam convencê-los. O deputado estadual
Wanderlei Barbosa (SD) defende que uma coligação ampla seria a “melhor
alternativa”.
O presidente regional do PSL, Cristian Zini, admitiu conversa com o
governador Sandoval Cardoso (SD), porém, ponderou que nenhuma decisão
foi tomada e indicou união dos emergentes. “Alguns partidos querem
participar do governo, outros não, mas todo mundo sabe que precisamos
estar unidos. É a única forma que temos para conseguir a eleição”,
disse, confirmando que já esclareceu ao chefe do executivo que o grupo
não aceita "chapão".
Zini afirmou que alguns deputados e candidatos fortes “flertam” com os
partidos pequenos para que concedam uma coligação, mas garante que não
existe “imposição”. “A política do Tocantins já está madura. Já existiu
[pressão] no passado, mas não existe mais. Ninguém aceita imposição”,
defendeu o presidente do PSL.
Outro interlocutor dos emergentes, o presidente estadual do PTdoB,
Júnior Luiz, fez coro a Cristian Zini e garantiu que o grupo não aceita
coligação com partidos que já tem parlamentares ou com nomes fortes, e
calculou a possibilidade de eleger três deputados estaduais. “O grupo
dos emergentes não aceita fazer 'chapão', seja com o governo ou na
oposição. Dá para eleger três deputados, porque o coeficiente eleitoral
está em torno 30 mil, e podemos fazer 80 mil votos”, afirmou.
Melhor alternativa
Na visão do deputado governista Wanderlei Barbosa, o "chapão" seria a
“melhor alternativa”. O parlamentar admitiu que a intenção do governo é
formar uma chapa ampla. “Existe esse pensamento. Nós fizemos um 'chapão'
na eleição passada e ela foi bastante positiva para todo mundo. O
'chapão' agrupa mais, dá uma filtrada nos candidatos. E cria uma
situação de eleição que melhora a condição de todos os candidatos. Quem
tem voto vai ganhar a eleição, quem não tem não ganha”, avaliou.
Questionado sobre o favorecimento que um "chapão" traria aos já
deputados, Wanderlei argumentou que já foi prejudicado em uma coligação
pequena. “Eu fui candidato pelo PDT junto com partidos pequenos e fui
prejudicado naquela ocasião. Eu não quero repetir esse cenário, quero
ser candidato em uma chapa forte”, disse o parlamentar.
O governista ainda afirmou que “não acontece mais no Tocantins” de os
partidos pequenos elegerem deputados com 5 mil votos, e concluiu: “Ganha
quem é competitivo”.

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